Uma árvore

Você aluga um apartamento pra alguém.
Coloca tudo mobiliado, perfeito, iluminado.
Mas no centro da sala… deixa um botão vermelho.
E diz:
“Não aperta.”

Só isso.
Não tem cerca.
Não tem câmera.
Só a instrução:
“Não toque.”

Quem faria isso?
Quem colocaria o “perigo” no coração da liberdade?

Pois foi exatamente o que Deus fez.

No meio do Éden — não escondido, não camuflado, mas no centro —
Ele plantou a árvore do conhecimento do bem e do mal.
E disse:
“De tudo podem comer… menos dessa.” (Gênesis 2:16-17)

Não parece uma armadilha?
Não parece provocação?

Mas não era.

Era liberdade com responsabilidade.

Sem essa árvore, o amor seria forçado.
A obediência seria automática.
Não haveria escolha, só programação.

E Deus nunca quis robôs.
Ele quis relacionamento.
E todo relacionamento precisa de uma escolha real.

A árvore no meio do jardim não era maldade…
Era justiça.
Era Deus dizendo:
“Se vocês Me amam, Me escolham até quando têm outra opção.”

A árvore não era sobre fruta.
Era sobre confiança.
Sobre rendição.

E é curioso:
o diabo não levou Eva até a árvore.
Ela já estava lá.
Curiosa.
Próxima.

Porque o pecado começa com a desconfiança.
“Será que Deus está me privando de algo bom?”
“Será que Ele não quer que eu ‘evolua’?”

Foi essa semente que destruiu o Éden.
E é a mesma que ainda tenta destruir nossos corações.

Você acha que Deus escondeu o mal?
Ele não escondeu.
Ele expôs.
Ele deixou visível — pra mostrar que o verdadeiro amor é livre para escolher o contrário.

E a árvore ainda está aqui.
Hoje, ela tem outras formas.
Desejos, atalhos, prazeres, decisões…

Mas a pergunta continua a mesma:
Você confia o suficiente pra obedecer, mesmo quando não entende o porquê?