
O NOME DO SENHOR
Muita gente pensa que “Cristo” é o sobrenome de Jesus. Mas não é bem assim.
Na verdade, Cristo é um título – com raízes na tradição judaica e enorme relevância teológica. Ele carrega um peso simbólico e profético que vai muito além do que aparenta à primeira vista.
Vamos te explicar tudo de forma simples.
A origem do termo “Cristo”
A palavra “Cristo” vem do grego “Christós”, que significa literalmente “ungido”. Esse termo é uma tradução direta do hebraico “Mashiach”, que você talvez conheça como “Messias”.
Na cultura do Antigo Testamento, a unção com óleo era um ato simbólico importantíssimo. Ela indicava que alguém havia sido escolhido ou separado por Deus para uma missão especial.
E quem era ungido?
Reis, como Saul e Davi
Sumos sacerdotes, como Arão e seus descendentes
Às vezes até profetas
Ou seja, ser ungido era sinônimo de ter uma vocação divina, um chamado sagrado.
Cristo no contexto bíblico
Nas Escrituras, especialmente no Novo Testamento, Jesus é identificado como “o Cristo” — o Ungido, o Messias prometido pelas profecias.
Veja alguns exemplos:
João 1:41 – “Achamos o Messias (que traduzido é o Cristo)”
João 4:25 – “Eu sei que o Messias (chamado Cristo) está para vir”
Mateus 16:16 – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”
Esses textos mostram que os primeiros discípulos não viam “Cristo” como parte do nome de Jesus, mas sim como a prova de que Ele era aquele prometido desde os tempos antigos.
O Messias aguardado
Durante séculos, os judeus esperavam por esse Ungido. Alguém que viria libertar Israel, restaurar a justiça e estabelecer um Reino de paz.
Mas Jesus surpreendeu a todos.
Ele não veio como um guerreiro político, como muitos esperavam, mas como o Servo sofredor anunciado em Isaías 53 — um rei coroado com espinhos, cuja maior vitória seria na cruz.
Jesus: o Ungido perfeito
Jesus cumpriu em si as três grandes funções do Antigo Testamento:
Profeta – anunciou a Palavra de Deus
Sacerdote – intercedeu e ofereceu a si mesmo como sacrifício
Rei – foi exaltado à direita do Pai, onde reina eternamente
Tudo isso embutido no título “Cristo”. Um título tão profundo, tão poderoso, que resume a missão e a identidade de Jesus: o Ungido de Deus para salvar a humanidade.
E hoje?
Hoje, quando dizemos “Jesus Cristo”, estamos fazendo uma declaração de fé:
Estamos dizendo que Jesus é o Messias prometido, o Ungido enviado por Deus, Aquele que reina sobre todos e cumpre todas as promessas da salvação.
E como lembra o apóstolo Pedro em Atos 2:36:
“Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.”